quarta-feira, 11 de março de 2009

Bumba-meu-Boi













Bumba-Meu-Boi

Introdução

Bumba-meu-boi é uma dança do folclore popular brasileiro, com personagens humanos e animais fantásticos, que gira em torno da morte e ressurreição de um boi. Hoje em dia é muito popular e conhecida. A história que envolve a dança é a seguinte: Um rico fazendeiro possui um boi muito bonito, que inclusive sabe dançar. Pai Chico, um trabalhador da fazenda, rouba o boi para satisfazer a vontade de sua mulher chamada Catarina, que está grávida e sente um forte desejo de comer língua do boi. O fazendeiro manda seus empregados procurarem seu boi e quando o encontra, ele está doente. Os pajés curam a doença do boi e descobrem a real intenção do Pai Chico, o fazendeiro o perdoa e celebra a saúde do boi com uma grande festividade.

Origem


A dança folclórica do bumba-meu-boi é um dos traços culturais marcantes na cultura brasileira, principalmente na região Nordeste. A dança surgiu no século XVIII. O bumba-meu-boi combina elementos de comédia, drama, sátira e tragédia.O bumba-meu-boi é resultado da união de elementos das culturas européia, africana e indígena. A dança misturada com teatro incorpora elementos da tradição espanhola e da portuguesa, com encenações de peças religiosas nascidas na luta da Igreja contra o paganismo. O costume da dança do bumba-meu-boi foi intensificado pelos jesuítas, que através das danças e pequenas representações, desejavam evangelizar os afros descendentes, indígenas e os próprios aventureiros portugueses.Do ponto de vista teatral, o folguedo deriva da tradição portuguesa e espanhola, a tradição de se encenarem peças religiosas é de inspiração erudita, mas destinadas ao povo para comemorar festas católicas.Ao espalhar-se pelo país, o bumba-meu-boi adquire nomes, ritmos, formas de apresentação, personagens, instrumentos, adereços e temas diferentes.

O que é Bumba-meu-Boi

Bumba-meu-boi é tido como uma das mais ricas representações do folclore brasileiro. Em Portugal e Daomé existe tema festas semelhantes (Boi de Canastra) e (Burrinha). O documento mais antigo de que se tem notícia a respeito do Bumba Meu Boi foi escrito pelo Padre Miguel do Sacramento Lopes Gama, em um jornal de Recife.
O boi é a principal figura da representação. Ele é feito de uma estrutura de madeira em forma de touro, coberta por um tecido bordado ou pintado. Nessa estrutura, prende-se uma saia colorida, para esconder as pessoas que ficam dentro, que são chamadas de "miolo do boi". Todos os personagens são representados de maneira alegórica, com roupas muito coloridas e coreografias.
As brincadeiras de Bumba Meu Boi acontecem à frente à casa de quem convidou o grupo, e que patrocinará a festa. Embora surjam variações de uma região para outra, normalmente as apresentações seguem uma ordem. Primeiro, canta-se uma toada inicial. Em seguida, entoa-se o Lá Vai, uma canção para avisar ao dono da casa que o boi deu a partida. Depois disso, vem a Licença, em que o boi e o grupo se apresentam. Começa, então, a história propriamente dita, e ao final da apresentação, o grupo e a platéia cantam juntos O Urro do Boi e a Toada de Despedida. Em algumas regiões do Norte, o boi é morto simbolicamente. O vinho representa o seu sangue, e sua "carne" (o manto que envolve a armação de madeira) é repartida entre os espectadores e participantes da festa. Para a próxima festa, outro manto será feito. A música é um elemento fundamental no Bumba Meu Boi. No Norte e no Nordeste do Brasil ainda se encontram grupos organizados de Bumba Meu Boi, muitos deles formados por famílias que se esmeram em manter a tradição. As representações não têm época fixa para acontecer, e podem ser feitas para comemorar qualquer acontecimento marcante do lugar.

Bibliografia de Miguel do Sacramento Lopes Gama




( 29/09/1791 – 09/05/1852)


Político e professor pernambucano nascido em Recife, um dos primeiros jornalistas a escrever contra a escravidão no Brasil e admirado como um desses mestres de bom-senso e de amor à tradição. Filho de um médico, João Lopes Cardoso Machado, formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, e de Ana Bernarda do Sacramento Lopes Gama, foi estudar para frade beneditino. Concluiu o noviciado na Bahia e lá recebeu ordens sacras (1815) e logo começou a ensinar. Voltando a Pernambuco foi designado para ensinar Retórica no Seminário em Olinda (1817) e depois no Colégio das Artes e foi o primeiro diretor do Liceu Provincial. Dirigiu o Diário da Junta do Governo (1823) e o Diário do Governo de Pernambuco (1824-1825). (1832-1847) com periodicidade irregular. Jubilado mais de vinte anos depois (1838), pediu e obteve a ordem para tornar-se padre secular, para poder sustentar a família. Foi então nomeado professor de Eloqüência Nacional e Literatura no Liceu do Recife e no Almanaque Civil e Eclesiástico e depois se tornou diretor do Curso Jurídico de Olinda. Na política foi duas vezes deputado, uma por Pernambuco (1840), e outra por Alagoas (1846), períodos em que foi ao Rio de Janeiro várias vezes como deputado e na Marmota Fluminense escreveu umas cartas de crítica de costumes. Em defesa de D. Pedro I, publicou os jornais O Constitucional e O Popular, mas ganhou fama no jornalismo principalmente por seu trabalho em O Carapuceiro, um jornal de crítica de costumes brasileiros publicado em Pernambuco, que foi, quanto a técnica, uma espécie de avô brasileiro d’As Farpas, com menos ciência, é certo, mas com igual humor e igual violência na crítica e na caricatura. Assim hoje é conhecido como o Padre Carapuceiro, como jornalista, mas não conhecido como sua memória merece. Foi duas vezes diretor dos cursos jurídicos de Olinda e Recife, e reuniu suas aulas no livro Lições de eloqüência nacional (1846). Morreu em Recife.

Bibliografia de Aldemar Martins



O artista plástico Aldemir Martins nasceu em Ingazeiras, no Vale do Cariri, Ceará em 8 de novembro de 1922. A sua obra, importante para as artes plásticas no Brasil, pela qualidade técnica e por interpretar o “ser” brasileiro, carrega a marca da paisagem e do homem do nordeste.O talento do artista se mostrou desde os tempos de colégio, em que foi escolhido como orientador artístico da classe. Aldemir Martins serviu ao exército de 1941 a 1945, sempre desenvolvendo sua obra nas horas livres. Nesse tempo, freqüentou e estimulou o meio artístico no Ceará, chegando a participar da criação do Grupo ARTYS e da SCAP – Sociedade Cearense de Artistas Plásticos, junto com outros pintores, como Mário Barata, Antônio Bandeira e João Siqueira. Em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1946, para São Paulo. De espírito inquieto, o gosto pela experiência de viajar é marca do pintor, apaixonado que é pelo interior do Brasil. Em 1960/61, Aldemir Martins morou em Roma, para logo retornar ao Brasil definitivamente. O artista participou de diversas exposições, no país e no exterior, revelando produção artística intensa. Sua técnica passeia por várias formas de expressão, compreendendo a pintura, gravura, desenho, cerâmica e escultura em diferentes suportes. Aldemir Martins não recusa a inovação e não limita sua obra, surpreendendo pela constante experimentação: o artista trabalhou com os mais diferentes tipos de superfície, de pequenas madeiras para caixas de charuto, papéis de carta, cartões, telas de linho e tecidos variados - algumas vezes sem preparação da base de tela - até fôrmas de pizza, sem, contudo perder o forte registro que faz reconhecer a sua obra ao primeiro contato do olhar. Aldemir Martins pode ser definido como um artista brasileiro por excelência. A natureza e a gente do Brasil são seus temas mais presentes, pintados e compreendidos através da intuição e da memória afetiva.
Faleceu em 05 de Fevereiro de 2006, aos 83 anos, no Hospital São Luís em São Paulo.










Bumba meu Boi



Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bumba-meu-boihttp://www.brazilsite.com.br/teatro/teat02a.htmhttp://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/MigueSLG.htmlhttp://www.germinaliteratura.com.br/imagens/ocarapuceiro1.jpg
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://i26.photobucket.com/albuma/c140/nuvensatlantico/aldemir_martins-
http://i26.photobucket.com/albums/c140/nuvensatlantico/aldemir_martins-bumbameuboi.jpg